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Texto da inauguración aCF

Benvidas e benvidos  á presentaçom da equipa  de aCentral Folque – Centro Galego de Música Popular.
Muito obrigado a Henrique Meyer, jefe de estudos da Escola de Altos Estudos Musicais pola sua disposiçom e ajuda nestes días com o referente ao edificio; ao artesam e sanfonista ademais de alumno do centro, Jaime Rebollo; e ao sr. Carlos Quintá, professor suplente de diatónico e aluno de acf Compostela, e para rematar com os agradeçementos, ao jefe de estudos, Benjamín Otero pola sua música.

As manifestaçons pictóricas, literárias ou musicais que apartando-se de caminhos comuns pretendem criar algo novo, fam-se chamar vanguardistas ou simplesmente podemos dizer que som pessoas inquietas, inconformistas e mesmo infantis, que guardam o elixir do segredo da eterna juventude, esse que quer tudo o mundo pra que tudo fique igual (Sérgio Godinho). Podemos dizer -pensar tambem- que as vanguardas som revoltosas, cuteleiras, centrifugadoras, esponjas, borbulhas que racham as geraçons anteriores, ou, se queredes, pensemos que as  anguardas nom existem. O caso é que entre geraçons, o iniciado renega do iniciador, uma mata ao seu pai e a súa mai, o aluno ou aluna renega do professor e da professora. E ainda sabendo isto como nom somos quem de construir um ninho de pássaro (pois nenguma pessoa humam pode faze-lo) pois embarcamo-nos na construçom duma escola – centro, central onde tudo gira ao redor dela: as produçons musicais, os eventos internacionais, actividades paralelas…..

Em definitiva, tudo gira em torno à música patrimonial galega, da música tradicional, da música folque, é dizer, da música popular rural, urbana, gravada, nom gravada. Em torno desse desejo da vida eterna na terra: a forma.  Essas formas populares que nom damos conservado, se nom que modelamos e como autores-as jogamos com elas. Essas formas fusionadas,  recreadas, revisadas, essas formas de análise e almaçenamento da sabedoría coletiva. A música, a musa música, têm a bárbara capacidade de afectar ao público onde mais lhe doe, nom há quem poda com ela. A música é o demo.

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Como dizia esse filósofo rural da comarca do Deza (essa comarca que nos acolheu durante 7 anos) nomeado o Naranxo: “a música atrae ao demo e os foguetes espantan-no”. Sim, o Naranxo era o filósofo, o tolo do povo, muitas das vezes corresponde este papel a um artista, mesmo a um músico, esses que nos representam ante o  undo, é por isso que um país em desenvolvimento (que nom desenvolvido) debe coidar aos seus artistas para assim asinar e afirmar a mais grande das suas potencialidades: a creaçom, a construçom da sua indentidade estética e ideológica.

A MÚSICA GALEGA É  ARQUITETURA, É DESENHO, É RESTAURAÇOM, é INVESTIGAÇOM,  É TURISMO. A MÚSICA GALEGA É TRABALHO, É UMA DEMANDA SOCIAL, DIZER QUE É UM VALOR CULTURAL QUEDA TREMENDAMENTE EVIDENTE E MESMO DENOTADO. É UMA PROFESIOM…

De onde vimos? Dos nossos precursores, daquel projecto de Santalices no 28 e que continou Paulino e Jesús no Obradoiro de Gaitas da Deputaçom de Lugo, e tambêm vimos da estela de Antom Corral que desde Ortigueira chegou no oitenta a Vigo jestando o Obradoiro da Universidade Popular . Dous projectos apoiados pola administraçom pública mas que nom forom instrumentalizados por ela. Tambêm vimos da década dos 90 onde discográficas como Boa em Madrid, ou da empresa criada por V.Bello, Nordesia etc,  forom ponhendo a sua pedra neste milhadoiro realmente fecundo da música popular galega.

Que nos preocupa? O mesmo que a tod@s, acertar. Acertar na seleiçom e educaçom do alunado, nas produçons musicais que vaiamos realizar, nos arranjos musicais, na letra ajeitada, nas relaçons institucionais…

Quem somos nós? O dito, músicos e gente nom músicos que confiam a sua vida ao arte, a este arte abstrato (nom me estranha que ás vezes nom nos entendam, nom! ) mas os tempos som chegados, com outras idades e as nossa vaguedades cumprido fim teram. Músicos “generosos” que fam do palco, da docéncia, da gravaçom a sua vida. Bom, ser, somos em definitiva, uma equipa de produçom da aCentral Folque, como diz um famoso anúncio de cerveja portuguesa (nom vou dizer o seu nome pois nom dispomos do seu patrocínio) “é a melhor equipa do mundo e uma das melhores de Portugal” Estes som:

Queria apresentar-vos á nossa flor delicada, a gardénia, é dizer, a AULA FOLQUE INFANTIL DE PONTEVEDRA. Os nenos e as nenas dos nossos olhos, mais de 40 alumnos que pertencem a esta aula experimental de pedagogia livre que baseando-se na música patrimonial galega exploram o movimento corporal, o rimo, a voz e improvisam e componhem no estudo de gravaçom, coordenado por um dos mais grandes compositores galegos contemporâneos, Nacho Muñoz em Porto onde mora habitualmente. Coordina a aula Marcelo Gonzalez, Xela Conde canto e a secçom de musicoterapia, Xurxo Troncoso e Lola Fernandez a secçom de percusom, com Nela Quesada na audiovisual.

E de gardenias passamos á estrelícia ou flor do paraíso: aCentral Folque Compostela com a sua equipa docente.  Uma série de artistas que espalham o seu saber como se vinheram do Renascimento. Aquí os tendes:

Nom quisera demorar-me mais e tenho varias listas de nomes para agradecer o apoio de tanta gente particular que nos estivo ajudando este ano de incertidume, que puxo o seu tempo à nossa disposiçom no local de produçom que está na Rua Salvadas número 22. Tanta gente que nos salvou pequenos momentos, nom dou feito com tantas e tantos que sondes… distintas empresas de audiovisual, de catering, de hostelaria,gráficas, de desenho, de construçom, de música, que pouco a pouco ides conhecendo o projeto e INVERTENDO nel…. Muito obrigada a todas elas e a todas as instituiçons que entenderam porquê do centro de aCentral está em Compostela e som quem de visualizar este potencial humano, esta geraçom de músicos e gestores. Por isso que a listagem é quilométrica e concretamente case que todas e todos os que estades aqui num veículo ou noutro tendes-nos repartido carinho, tempo, compresom, dinheiro, ideias….

Foi muito especial para nós toda a gente que trabalhastedes nas nossas produçons musicais, nos eventos musicais que fomos fazendo dos que aguardamos  uma vez mais a vossa confiança e ilusom, refiro-me concretamente a todos estes anos ao Encontro de Sanfona Contemporânea de Narom (isto deu lugar a uma escola de sanfona pela que passaram já os melhores sanfonistas do mundo; o Encontro Internacional de Pandeiros de Mao, fidelizado em Pontevedra, que este ano vai adicado ao mundo árabe; o Ciclo de Músicas Portuárias de Ferrol,  ou mesmo a fusiom de músicos galegos e cubanos baixo o título de Descarga ao Vivo apresentada na Habana em fevreiro deste. Agardamos que para o 2009 puderamos desfruta-lo aquí.

O nosso aplauso final, o mais grande que pudéramos ter, é deixar sementado um caminho para as novas geraçons, ter boa acolhida e trabalhar no bairro alegre de Vista Alegre na cidade de Compostela (com as salas, as associaçons, centros análogos da cidade) e colaborar com o resto dos companheiros /as que levam anos na gestiom cultural da cidade, difundir o nosso trabalho no planeta musgo, seguir abrindo portas e afianzar as relaçons com os nossos parceiros em Portugal, Hungria, Euskadi, Catalunha, Castela, Andaluzia, em Franza, Bretanha, em Cuba…. Se a isso unimos que levamos juntos 7 anos porque nos temos respeito, admiraçom, ademais do entusiasmo, já nos podemos dar por contentos.

O que podemos ofrecer-vos como diría Manuel Quigoa “MUITA ARTE E UM POUQUINHO DE AMOR”
Deixamo-vos com um estrato de dança contemporânea do Projeto Zocas que lidera a coreógrafa viguesa Merce de Rande, onde a música é de Oscar Fdez, professor de sanfona e membro desta equipa. Baila Marcelo González e Begoña Cuquejo.

Deixamo-vos com o catering da Cafetaria do Auditorio de Galiza e com a doazom de Martin Codax para este dia tam especial, um vinho acorde : Organistrum.

Hoje, concerto na Igreja da Universidade ás 20,30. Agardamo-vos ali. Prometo falar menos, pois ainda que hoje nom o pareça, quem me conhece sabe que o meu estado natural é fazer cançons e canta-las.

Grazas de todo coraçom por vir e por este aplauso chamado abraço sonoro.

Ugia Pedreira.

Compostela,  9 de outubro de 2008

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